sábado, 26 de fevereiro de 2011
Os mandamentos do empreendedor de sucesso por Vinícius Barbizani
O interesse de toda a sociedade em relação aos pequenos negócios é explicado pelo seu grande significado político e econômico. Político porque as micro e pequenas empresas funcionam como fator de equilíbrio da estrutura empresarial brasileira e coexistem com as grandes empresas. Econômico porque geram grande número de empregos, por isso contribuem muito na geração de receitas e na produção de bens.
Para se ter uma idéia, das 470 mil empresas registradas pelo Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) no Brasil em 1998, 34% foram enquadradas como micro empresas e cerca de 50% eram pequenas e médias. Ou seja, pelo menos 84% desses empreendimentos, no país, são de pequeno porte. No entanto, muitos empresários não conseguem manter suas portas abertas por muito tempo: 56.291 empresas foram extintas em 1998, 11,4% a mais que no ano anterior. Pesquisas do SEBRAE-SP mostram que cerca de 58% das empresas de pequeno porte abertas em São Paulo não passam do terceiro ano de existência. O que leva tantas empresas à extinção? O que faz com que outras sobrevivam aos trancos e barrancos?
O fracasso pode estar ligado à falta de dinheiro no mercado, escassez de recursos próprios etc. Mas outras causas podem estar nos próprios empreendedores, isto é, a falta de habilidade administrativa, financeira, tecnológica e mercadológica.
A força que empurra o empresário para o sucesso é, sem dúvida, a vontade de enfrentar o desafio de abrir o próprio negócio. Mas somada à essa vontade tem que haver a disposição para adquirir conhecimentos e para desenvolver comportamentos adequados a empreendedores bem-sucedidos. Pesquisas feitas com empresários bem-sucedidos identificaram qualidades especiais comuns a todos eles. Aproveitando essa "receita" montou-se um decálogo do empreendedor de sucesso. Dez itens que revelam a personalidade de homens e mulheres que foram à luta e obtiveram seu lugar no mercado.
Assumir riscos
Esta é a primeira e uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso aprender a lidar com eles.
Identificar oportunidades
Ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bom negócio é outra marca importante do empresário bem-sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.
Conhecimento
Quanto maior o domínio de um empresário sobre um ramo de negócio, maior é sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de " dicas" de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.
Organização
Ter capacidade de utilizar recursos humanos, materiais financeiros e tecnológicos de forma racional. Resumindo: ter senso de organização. É bom não esquecer que, na maioria das vezes, a desorganização, principalmente no início do empreendimento, compromete seu funcionamento e seu desempenho.
Tomar decisões
O sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está relacionado com a capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões acertadas é um processo que exige o levantamento de informações, análise fria da situação, avaliação das alternativas e a escolha da solução mais adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões corretas, na hora certa.
Liderança
Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade sempre presente.
Dinamismo
Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a capacidade de fazer com que simples idéias se concretizem em negócios efetivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar um certo inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos.
Independência
Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser ser próprio patrão, enfim, buscar independência é meta importante na busca do sucesso. O empreendedor deve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se transformar em obstáculos aos negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer seus direitos de cidadão-empresário.
Otimismo
Esta é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e acima das dificuldades.
Tino empresarial
O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição, faro empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte dessas características terá grandes chances de ter êxito. Quem quer se estabelecer por conta própria no mercado brasileiro e, principalmente, alçar vôos mais altos, na conquista do mercado externo, deve saber que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só respeitam os que se mostram à altura do desafio.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Exemplo de empreendedorismo!!!!!!
Jovem paraibana é exemplo de empreendedorismo
Veja como Patrícia Aleixo venceu os obstáculos e se tornou modelo no Cariri da Paraíba
Monteiro (PB) - Mulheres bem sucedidas estão cada vez mais presentes no meio empresarial, principalmente jovens empreendedoras, gente ousada, criativa, que não desiste fácil de seus sonhos. É o caso de Patrícia Mônica Aleixo, 27 anos, empresária do ramo de confecções na cidade de Monteiro, interior da Paraíba.
Filha de caminhoneiro e dona de casa, morando numa cidade com pouquíssimas oportunidades de emprego, escassas opções de carreira fizeram Patrícia se tornar professora. Mas a habilidade para negociar e vender produtos era algo que ela descobrira muito cedo.
Aos 13 anos, já ganhava os primeiros trocados vendendo roupas na escola. As confecções vinham de uma tia comerciante que lhe confiava esta responsabilidade. Ela adorava. “Naquela época eu já sentia que levava jeito para vender”, revela.
O desejo de abrir o próprio negócio já era latente. “Queria abrir minha loja própria, mas meus pais me achavam muito nova. E também não tinha uma reserva satisfatória de dinheiro para poder investir, então, tive que aguardar mais um pouco”, explica.
Um trabalho posterior de dois meses, como atendente de uma loja de confecções, foi muito importante para exercitar sua habilidade natural para vendas. Mas foi como revendedora de uma linha de cosméticos francesa e, quatro anos depois, de outra empresa de cosméticos brasileira, que Patrícia pode colocar em prática todo o seu potencial e amealhar economias para investir no empreendimento que tanto sonhava.
Depois de ser aprovada no vestibular e num concurso realizado pela prefeitura local, ela passou a lecionar em duas escolas, estudar e, ao mesmo tempo, manter seu trabalho como revendedora até chegar o momento certo para realizar seu sonho. “No início, não estabeleci um ponto para a loja porque queria primeiro divulgar meus produtos. Aí virei um pouco sacoleira, vendendo de porta em porta para tornar minhas confecções conhecidas”, explica.
Uma medida que fez a diferença foi estabelecer um horário diferenciado das demais lojas para chamar a atenção da clientela, o que provocou reações entre os empreendimentos mais tradicionais do setor. Mas a “Mega Model” estava apenas começando. “Ainda acho que cometi falhas. Eu devia ter feito uma pesquisa prévia de mercado e ter definido melhor o meu preço de venda. O segredo do sucesso está mesmo em muito trabalho, cautela com as finanças e estar sempre disposto a atender ao perfil do seu cliente”, ensina a empresária.
Depois de participar do seminário Empretec (realizado pelo Sebrae Paraíba todos os anos), em Monteiro, ela passou a valorizar ainda mais seus pontos fortes, além de corrigir os pontos fracos. “Quero ampliar minha loja ainda este ano e vou abrir mais uma no próximo!”, planeja.
Com os negócios de vento em popa, Patrícia hoje pode ainda somar a experiência conquistada com seus dois ofícios – professora e vendedora – e levar esta história de sucesso a outros pequenos empresários e empreendedores. Desde agosto de 2003, é facilitadora do curso Aprender a Empreender do Sebrae, e já o ministrou para mais de cem alunos.
“Com o curso pude me sentir útil, trocando experiências e mostrando que sucesso e insucesso andam juntos, mas tudo depende só de você. Para ser empreendedor, é preciso ter garra, ser inteligente, dinâmico e sensível para saber reagir em todas as situações”, conclui Patrícia.
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo
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